A data 10 de setembro desde 2003 é considerada o dia mundial de combate ao suicídio. No Brasil, em 2014, através de uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida, do Conselho Federal de Medicina, foi criado o Setembro Amarelo. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil se encontra na 5ª posição mundial de pessoas com depressão, que é uma doença mental que tem relação direta com o suicídio. (Lume, 2018)
Há cerca de 1 milhão de suicídios por ano no mundo e por esta razão este tema é retratado como um problema de saúde pública, visto que ocorre um suicídio a cada quatro tentativas entre a população idosa. Por isso, um envelhecimento ativo seria uma forma de prevenir o suicídio, bem como uma boa gestão pública em relação ao assunto. (Revista das Semanas Acadêmicas, 2017)
Algumas maneiras de amenizar ou superar essas ideações e tentativas de suicídios são vistas em nossa sociedade. Existem formas de enfrentamento como se apegar a religiosidade (além da sua fé, é uma forma do idoso se relacionar e ocupar o seu tempo), apoio social e familiar (muitos membros da família demonstram empatia e compreensão aos idosos), suporte dos serviços de saúde (são bem acolhidos quando procuram alguma ajuda). Os idosos que possuem animais de estimação, têm um apego afetivo a ele e o animal o ajuda a superar esse desejo de morte, bem como ocupar o seu tempo. Além disso, a reconstituição da sua autonomia também é de suma importância, pois os idosos que são capazes de tomar decisões por si em relação ao seu cotidiano aumentam a capacidade de enfrentar essas dificuldades. (SciELO, 2015)
Portanto, como dito, o suicídio é um problema de saúde pública e a atenção básica por estar mais próxima da população tem um papel fundamental no assunto. Profissionais bem treinados e capacitados para lidar com essa situação devem estar presentes em todos os setores. Então, ações de promoção da saúde com ênfase na prevenção do suícidio são boas formas de cuidar dos idosos do nosso país. Lembre-se que sua saúde mental é tão importante quanto a sua saúde física. (CICBEFEN, 2018)
Referências
Pimentel, F., de Luna, G., Severino Gama, C., Wagner, F., Valls, M., Borges Hackmann, M., … & Favaretto, F. (2018). Setembro Amarelo. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/182869> Acesso em: 2 setembro 2022.
BARRETO, F. D., SCHUSTER, C. M., DAMASCENO, A. P. D., MACHADO, D. T. D. M., & RAMPELOTTO, G. F. (2017). SUICIDIO EM IDOSOS: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA. Revista das Semanas Acadêmicas, 4(4). Disponível em: <https://ulbracds.com.br/index.php/rsa/article/view/1426> Acesso em: 2 setembro 2022.
Figueiredo, A. E. B., Silva, R. M. D., Vieira, L. J. E. S., Mangas, R. M. D. N., Sousa, G. S. D., Freitas, J. S., … & Sougey, E. B. (2015). É possível superar ideações e tentativas de suicídio? Um estudo sobre idosos. Ciência & Saúde Coletiva, 20, 1711-1719. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/csc/a/YTjY8MhkNNqFsmKZNj8xY5k/abstract/?lang=pt> Acesso em: 2 setembro 2022.
MARTINS, J. (2018). SETEMBRO AMARELO: SENSIBILIZANDO PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA PARA PREVENÇÃO DO SUICÍDIO COM RODA DE CONVERSA. 1) ANÁLISE DOS FATORES ASSOCIADOS A MORTALIDADE DE IDOSOS VITIMAS DE FRATURA, 3(1), 31. Disponível em: <https://cicbefen.com.br/wp-content/uploads/2021/12/anais-mostra-2018-06-fev.pdf#page=31> Acesso em: 2 setembro 2022.