Como foi dito na última semana, muitas vezes o cuidador tira o foco da própria vida para se dedicar integralmente a pessoa a quem cuida e vai vivenciando cada perda do doente, lamentando a piora do quadro de saúde do paciente, a limitação de mobilidade ou o declínio das funções cognitivas e se esquecendo de se cuidar (ROSO, 2023).

O cuidador entra em uma fase de luto precoce ao acompanhar o desfecho da vida de quem ele cuida e quando vem a perda final, é muito difícil o processo de luto. Geralmente, sendo mais longo e demorado, ele deixou muito da vida dele para cuidar desta pessoa e a vida pode perder o sentido (ROSO, 2023). 

Por isso, é muito importante que o cuidador saiba se cuidar e respeitar os seus próprios limites. Seguem algumas dicas para quem cuida: (GRATÃO, 2012; ROSO, 2023)

  • Não se esquecer do autocuidado; 
  • Evitar se isolar, sair de casa, visitar e ver amigos sempre que possível;
  • Manter os passatempos e pequenos prazeres mesmo em meio a rotina como: ver um filme, praticar uma atividade física, ler um pouco, passar um café, etc;
  • Aceitar ajuda sempre que for oferecida e não se sobrecarregar;
  • Evitar autocobrança e ter consciência de que está fazendo o melhor que pode;
  • Reconhecer seus limites.

É muito importante que o cuidado possa ser dividido entre os membros da família e não apenas centrado em uma pessoa, se cada um ajudar de alguma forma e tiver uma função definida o cuidado não pesa para ninguém e o processo fica mais leve para todos (GRATÃO, 2012, 2019).

Referências

ROSO, L. O cuidador também precisa de cuidado: conheça os riscos do trabalho sem descanso. GZH zero hora, 2023. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/60-mais/noticia/2023/07/o-cuidador-tambem-precisa-de-cuidado-conheca-os-riscos-do-trabalho-sem-descanso-cljr1i9xs00180150mys7sxl2.html#:~:text=Um%20dos%20maiores%20riscos%20a,in%C3%BAmeras%20consequ%C3%AAncias%20para%20a%20sa%C3%BAde.

GRATÃO, A. C. M. et al. Sobrecarga e desconforto emocional em cuidadores de idosos. Texto Contexto – Enferm. v. 21, n. 2, 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tce/a/wbT7yCZMDVq5JMSGNbx7vvz/#

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