A violência institucional ocorre dentro das instituições, públicas ou privadas, destinadas a cuidar e amparar o idoso. Inclui a falta de acesso e má qualidade dos serviços, abusos cometidos pelas relações de poder desiguais entre usuários e profissionais dentro das instituições e até mesmo a violência física (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
Este tipo de violência ocorre de formas bem variadas e muitas vezes são consideradas “normais” pela população, como: (BERZINS, 2009)
- Peregrinação por diversos serviços até receber atendimento;
- Falta de escuta e tempo para a clientela;
- Frieza, rispidez, falta de atenção, negligência;
- Maus-tratos dos profissionais para com os usuários, motivados por discriminação, abrangendo questões de raça, idade, orientação sexual, gênero, deficiência física, doença mental;
- Violência física (por exemplo, negar acesso à anestesia como forma de punição, uso de medicamentos para adequar o paciente à necessidade do serviço ou do profissional, entre outros);
- Detrimento das necessidades e direitos dos idosos;
- Críticas ou agressões dirigidas a quem grita ou expressa dor e desespero;
- Proibições de acompanhamentos ou visitas com horários rígidos e restritos;
- Desqualificação do saber prático, da experiência de vida, diante do saber científico.
As instituições de saúde, da assistência social e da previdência social são as campeãs de queixas de descaso, omissão, ineficiência e reclamações nas delegacias e órgãos de proteção aos idosos (BERZINS, 2009).
É fundamental para as famílias, que possuem idosos dentro destas instituições, sempre ouvir qualquer reclamação ou queixa do idoso e em caso de alguma suspeita, denuncie!
Referências
Ministério da Saúde. Política nacional de redução da morbimortalidade por acidentes e violências. Brasília; 2002. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_reducao_morbimortalidade_acidentes_2ed.pdf
BERZINS, M. A. V. S. Violência institucional contra a pessoa idosa: a contradição de quem cuida. TCC (Pós-Graduação lato sensu). Faculdade de saúde pública, Universidade de São Paulo, 2009. Disponível em:
https://pdfs.semanticscholar.org/f690/647f9b4ca1fdb2afdb323cd3fea7fc13bbd0.pdf